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Resenha / Crítica: Spellbound / Quando Fala o Coração / Estados Unidos Da América, 1945 / Direção: A


Boa tarde galera do Mau! Eu sei, piadinha bem sem graça, mas Eu prometo que essa frase será o único momento sem interesse do texto. Afinal, escreverei os posts dedicados ao mestre Alfred Hitchcock. Hoje, pessoalmente, considero que os posts serão especiais, pois será a primeira vez que realizarei na sequência a resenha de cinco filmes de um mesmo cineasta. Nesse caso, acredito que seja pelo mérito de Hitchcock, é algo que acontece com a maioria das pessoas que entram em contato com a sua obra cinematográfica. É muito interessante, independente do gênero de filme, a genialidade do diretor é capaz de capturar o interesse do espectador. E a partir daí é uma roda gigante que você deseja que nunca pare de girar. Afinal, sempre existe algo de novo para se ver e aprender e, quem sabe, até mesmo viver. Antes de começar o post, gostaria de esclarecer aos leitores que os filmes escolhidos para a posterior resenha tiveram apenas um critério: São filmes de Hitchcock que Eu ainda não tinha assistido. É verdade, foi muito difícil mesmo não assistir mais uma vez alguns filmes do diretor. Mais complicado ainda foi tomar a decisão de não incluí-los nos posts aqui no blog. Enfim, quem sabe, num futuro próximo Eu não retome a sua obra? Ah, para encerrar o papo inicial, Eu começei a curtir mesmo Hitchcock com dois grandes colegas de trabalho. Além de serem ótimos profissionais, ambos são apaixonados por Hitchcock. Eles me incentivaram com valiosas informações e deixo aqui registrado o meu agradecimento. Definitivamente, entrar em contato com a sua obra cinematográfica é algo que Eu atribuo valor. Ok, chega de conversa, vamos a resenha e crítica da película - "Spellbound / Quando Fala o Coração". O filme é estrelado pelos atores Ingrid Bergman (Dra.Constance Petersen) e Gregory Peck (John Ballantyne). A película foi produzida pelo renomado produtor David Oliver Selznick. Inclusive, Selznick produziu a película "Intermezzo" que foi o filme que abriu as portas de Hollywood para a atriz sueca. Outra das suas marcas emblemáticas foi a contratação, em 1939, do cineasta britânico Alfred Hitchcock, com quem manteve uma relação atribulada. Isto porque cada uma das personalidades gostava de ter o controlo artístico dos seus filmes, o que gerava choques frequentes. Achei interessante mencionar um pouquinho da história desse produtor, pois há alguns filmes de Hitchcock com a "célebre" abertura com o nome da produtora de Selznick e, logo na sequência, uma mansão branca com o nome da produtora. Frescura da minha parte, mas é bem interessante. Ah, David produziu diversos filmes, mas o mais famoso foi "E O Vento Levou". A película se inicia com uma imagem de Green Manors (uma clínica para doentes mentais onde se passa a primeira parte do filme) com um pequeno texto de Shakeaspeare - "The Fault...Is Not In Our Stars But In Ourselves" (O erro não está nos astros mas em nós mesmos). A seguir, com uma imagem da porta de entrada de Green Manors ao fundo (Como observaremos mais a frente, Porta é algo muito simbólico na película), temos um pequeno texto que esclarece a função do psicanalista e como acontece um suposto processo terapêutico em direção a cura. Eu não sou especialista no assunto, mas é um definição breve bem romântica do tema. É verdade, é apenas uma breve introdução, mas é uma visão enviesada numa visão mais macro da ciência. Nesse momento, estamos dentro da clínica e observamos a Dra.Constance atendendo a Srta. Carmichael (Rhonda Fleming). A paciente tem um comportamento bem dissimulado e teatral, indicando supostamente um comportamento de histeria (Obs: O filme não fala nada sobre isso, é apenas um palpite leviano da minha parte). Nesse momento, temos mais uma breve cena engraçada e, na sequência, surgirá o enredo da trama. O Dr.Murchison (Leo G. Carroll) é o diretor da clínica e ele vem até o consultório da Dra.Petersen informá-la sobre a chegada de um novo diretor - Dr. Edwardes (Gregory Peck). Não demora muito para que a notícia da chegada do novo diretor se transforme num fato real. O Dr. Anthony Edwardes chega até a clínica, é apresentado aos demais profissionais e ao local de trabalho. Contudo, perceberemos que existe algo de estranho com o novo diretor. No primeiro jantar com a equipe médica acontece o primeiro fato importante dessa suspeita inicial. A Dra. Petersen simula com um garfo o local onde imagina ser o ideal para a construção de uma piscina na clínica. Não detalharei a cena para não estragar a surpresa. Para incrementar um pouco mais o histórico do Dr.Edwardes, saberemos que ele é especialista em "Complexo de Culpa", aliás, é um escritor de livro no tema. Rapidamente, teremos início a uma relação de amor entre a Dra.Petersen eo Dr.Edwardes. É interessante que num passeio por um local próximo a clínica, a Dra. Petersen disse sobre o amor "Acho que o maior mal da humanidade foi causado pelos poetas..." O Dr.Edwardes, responde: "Os poetas são meio bobos,na maioria, mas não são perversos." Dra.Petersen:"Mas enchem a cabeça das pessoas com ilusões sobre amor e escrevem sobre ele como se fosse uma orquestra regida por anjos..." E a conversa continua, é muito interessante essa cena, a Dra.Petersen é uma mulher centrada, considerada moderna na sua época. E é demais observar o "jogo" entre razão e loucura (instinto) que Hitchcock introduzirá ao longo filme. Nesse começo de filme, é possível de perceber aquele momento "X" em que os dois personagens se apaixonam na trama. De início, o Dr.Edwardes, ele se dá conta primeiro dessa situação e, depois, numa linda cena entre ele e a Dra.Petersen (Batizarei essa cena de "Portas". Sensacional!!!). Bom, nessa altura do campeonato, temos o início da paixão dos protagonistas da película e as crises do Dr. Edwards. A partir desse momento, teremos a inserção de mais elementos de suspense na trama e a filme, definitivamente, alcançará a assinatura de Hitchcock. Eu não continuarei a resenha e crítica da película por alguns motivos. Primeiro, imagino que o post esteja grande e cansativo.....rs....Segundo, tenho alguns amigos que são psicólogos e Eu não quero estregar a surpresa de descobrir esse belo filme. Terceiro, porque Eu sou chato mesmo, se desejar ver algo de "bonitinho" assista ao Programa da Ana Maria Braga.....kkkkkkkkkkkkkk.....Ah, para finalizar:Hitchcock contratou Salvadro Dali para confeccionar alguns sonhos que foram utilizados na película. Maravilhoso!!! Desculpem-me por não revelar a trama, me sinto péssimo ao fazer isso, principalmente, com filmes. Será que isso é uma espécie de Complexo de culpa? Enfim, Eu gostei muito do filme, dos atores principais e, principalmente, das sacadas geniais do diretor. Recomendo.

Abs.

(Originalmente publicado em 26/09/2012).

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