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Resenha / Crítica: Marnie / Marnie - Confissões de uma Ladra / Estados Unidos Da América, 1964 / Dir


Boa Tarde! "Marnie" é um dos últimos filmes realizados pelo diretor Alfred Hitchcock. É verdade, após a conclusão de Marnie ainda teríamos mais quatro filmes do diretor, mas escrever que é um dos "últimos filmes" dá um certo charme ao texto. A película foi um dos poucos filmes de fracasso do mestre do suspense (Eu adoro rótulos....kkkkkkk). Talvez, por que na época da realização do filme - 1964 - o público tivesse uma grande expectativa com a volta da atriz Grace Kelly. O projeto havia sido concebido por Hitchcock para marcar o retorno de Grace às telas, depois de que havia se tornado princesa de Mônaco. Ela aceitou, mas não foi capaz de enfrentar a oposição de seus súditos, que eram contra o projeto, e ele teve de substituí-la por Tippi Hedren, que havia revelado no seu filme anterior "Os Pássaros". Aliás, "Os Pássaros" é um filme que Eu acho super-estimado pelo público e crítica. Só assisti ao filme uma única vez, tirando o fato de Eu não ser um crítico de cinema também. Putz, será que Eu posso escrever a minha opinião sobre um filme tão cultuado? Na verdade, acho que não, mas é um filme super estimado do mesmo jeito. Talvez, na época de realização do filme, Ele possa ter sido considerado um marco técnico e até mesmo de ousadia. Acredito que hoje em dia ele é um filme ultrapassado, nem mesmo o meu sobrinho de sete anos ficaria com algo semelhante a palavra medo. Enfim, quem sabe um dia Eu não retome esse filme com um post também. Assim, Eu escreverei quais são os aspectos positivos do filme. No momento, Eu só quero dar uma pancada mesmo... A história é baseada num livro de Winston Graham sobre uma mulher - Marnie Edgar (Tippi Hedren) - que rouba por causa de traumas do passado, uma cleptomaníaca, e todo o filme tem um ponto de vista freudiano, lembrando bastante outra fita do diretor, "Quando fala o Coração"/"Spellbound". Além de ter esse problema relacionado a cleptomania, a jovem costuma transformar o seu visual para que não seja reconhecida. A ladra tem na sua bolsa algumas identidades e tudo está pronto para ser utilizado na confeccção de um novo ser. Marnie, não tem referências profissionais, mas se aproveita da sua boa aparência para obter um novo emprego. Após roubar o seu antigo patrão - Sidney Strutt (Martin Gabel) - a jovem consegue um novo trabalho e, por coincidência, é no escritório de Mark Rutland (Sean Connery). O Sr.Rutland é amigo do Sr.Strutt e mesmo com a transformação de Marnie, ele consegue reconhecê-la na sua empresa. E o que acontece? Rutland contrata a jovem com a finalidade de observar o seu comportamento. Ele se apaixona pela jovem, sabe que ela é uma ladra, mas não conta a polícia. Uma espécie de fetiche duplo que Hitchcock desenvolverá no decorrer da trama. Foi a última vez que Hitchcock trabalhou com vários de seus colaboradores habituais, como o fotógrafo Robert Burks, o montador George Tomasini e o músico Bernard Hermann. Sua maior ousadia foi chamar para interpretar o herói, o homem que se casa com Marnie sabendo que ela é um ladra, o então jovem Sean Connery, numa de suas primeiras tentativas em deixar de ser apenas James Bond. Até a bela e charmosa Lil Mainwaring (Diane Baker), que faz a cunhada de Connery, também está produzida para ser uma espécie de Grace Kelly morena. Temos em mãos o roteiro do filme. Rutland se apaixona por Marnie e tentará ajudá-la a resolver os seus problemas psicológicos e com a polícia. Diferente de "Spellbound", nesse filme, Eu não me senti satisfeito com a apresentação dos sintomas de Marnie e, tão pouco, com a resolução do assunto. Talvez, Eu senti isso pela atuação de Tippi Hedren. Não gostei muito, não me convenceu e acredito que possa ter colaborado com a minha impressão sobre o filme. Gostei da atuação de Sean Connery, mas nesse caso aconteceu o contrário, o personagem não ajudou muito oo ator. Hitchcock disse que o filme teve problemas para desenvolver a trama e que foi obigado a comprimir a película. É um filme de razoável para bom, mas vale a pena conferir mesmo assim. Hitchcock é um diretor que sempre vale a pena.

Abs,

(Originalmente publicado em 27/09/2012).

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