Resenha / Crítica: Le dernier jour d´um condamné / O Último dia de um condenado/ Editora: Estação Li
Boa Tarde! Hoje, teremos a resenha de um livro muito importante para os direitos civis na França e por que não me arriscar a escrever em outros vários países do mundo. É impressionante como o tema da "pena capital" e/ ou "pena de morte" é um assunto de extrema relevância na história da humanidade. Sem exagero algum, comprei uma edição de R$2,00, "de bolso", péssima edição, há uns dez anos atrás. Isso mesmo, precisei de dez anos para conseguir ler o tão desejado livro. Como podemos observar, foi necessário o tempo e uma outra edição do livro para que esse sonho se tornasse realidade. Tenho guardado na minha memória um filme genial de Robert Bresson - "Um condenado a morte que escapou", mas não sei o porquê dessa ligação com o livro de Victor Hugo. O filme é genial, muito forte mesmo, merece uma maior atenção no futuro. No livro temos uma breve relato de um prisioneiro que foi condenado á morte. Na época, a pena de morte era executada com a famosa e temida Guilhotina. Interessante, apredenremos o porquê desse nome tão forte e natural. Gostei da edião do livro, ela contém dois prefácios: um de 1829 e outro de 1832. Sem sombra de dúvidas, isso ajudou muito na leitura do livro. Eu não consegui perceber as variadas técnicas narrativas utilizadas pelo autor, mas o livro é reconhecido por ter esse mérito. Aliás, percebi uma poesia forte, principalmente, no começo do livro. A partir do momento que o autor incorpora o personagem a escrita acompanha essa mudança. O livro é um relato das últimas seis semanas de vida de um pai de família, mas não teremos o conhecimento do crime cometido pelo sujeito. É um livro muito interessante, ainda mais de nos dermos ao trabalho de contextualizar a sua obra com a época vivida. A obra causou muita polêmica na época, pois não era normal esse tipo de livro que causou tanta introspecção entre o criminoso e a sociedade. Victor Hugo ainda vive...Recomendo.
Abs,
(Originalmente publicado em 16/12/2012).
