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Resenha / Crítica: L'année Dernière à Marienbad / O Ano Passado Em Marienbad / Itália / França,


Boa Noite! Esse é o último post que realizarei sobre a cinebiografia do diretor francês Alain Resnais. Percebi que acabei não assistindo mais uma vez ao filme "Medos Privados Em Lugares Públicos". Enfim, espero que Eu tenha uma nova oportunidade para realizar a resenha desse belo filme. Estou enrolando um pouco para escrever a resenha da película "O Ano Passado Em Marienbad". Desde já, deixo aqui registrado, que a película é a obra experimental mais conceituada do diretor francês. E quando Eu escrevo conceituada, significa idolatrada por uma rede bem ampliada de pessoas. A história se passa num hotel de luxo, uma espécie de resort para milionários que não sabem como gastar o seu precioso dinheiro (Obs: Primeiro comentário bélico a respeito do filme). Eu não consegui descobrir onde está localizado esse lugar e nem mesmo qual seria o tempo dessa história (Obs2: Mais adiante o leitor perceberá que esse comentário foi uma piada). A trama principal da película gira em torno de três personagens. "X" (Giorgio Albertazzi) chega até o resort e vai atrás de "A" (Delphine Seyrig), mas a jovem senhora é casada com "M" (Sacha Pitoeff). Aparentemente, "X" e "A" tiveram um romance há um ano atrás, ali, naquele mesmo hotel de luxo. Entretanto, a jovem não se recorda de "X" e nem se recorda de alguma lembrança desse suposto caso de amor. Interessante essa resenha, certo? Errado. A película não possui uma narrativa convencional, fato esse que é corroborado pelas imagens da película. O filme parece um sonho, fragmentado e com frequente alteração de sequências de imagens. Isso quer dizer que temos a noção de tempo e "realidade", completamente comprometida na película. Tem algumas cenas interessantes em que a senhora "A" está com uma ropua preta e não se passa três segundos, a personagem já está vestida com uma roupa branca e dando prosseguimento aquele diálogo. A película têm algumas obsessões com o lindo e "infinito" jardim que fica na entrada do resort. Algo semelhante acontece com duas estátuas e com a mesa de jogo no hall de entrada. É interessante que alguma cenas se desenrolam com alguns personagens "paralisados" e/ou "congelados" o que me fez pensar muito sobre a questão temporal no filme. "Ano Passado Em Marienbad" é um filme experimental, de difícil compreenssão, mas acredito que seja um filme capaz de provocar boa discussão. Hoje, dia 22 de outubro de 2012, considero o filme um dos mais chatos que assisti na minha vida. É verdade, percebi que essa película desperta as mais variadas opiniões. A trilha sonora é um desastre, Eu me lembrei de "Phantom Of Opera" o que é uma grande bobagem da minha parte. Afinal, "Phantom Of Opera" é demais, mas a trilha sonora do filme tem um peso e gera uma angústia sem dó. Tenho a certeza que essa película deve ser genial, não é possível que tantas pessoas amem um filme que é um lixo. Ainda mais sendo esse diretor - Alain Resnais - tendo realizado um filme que me emocionou demais. Enfim, esse tipo de situação acontece mesmo com cinema, mas Eu espero não assistir esse filme mais uma vez. Eu achei o filme desinteressante e não foi pela sua complexidade. A película é muito, mas muito chata mesmo. Um ponto positivo que me motivou a assistir a película foi a atriz Delphine Seyrig. É verdade que atriz é uma mulher bonita e sofisticada, apesar que a sua atuação não seja nada demais. Eu gostava de ver alguma cena com a atriz por que era alguma maneira de estar em contato com algo que me parecia humano e assim Eu me sentia menos sufocado. Experiência tensa. Fiquei intrigado também com a semelhança da atriz com a Chanel. Curiosidade: Li na internet uma informação interessante sobre a realização do figurino do filme "O rigor formal do filme encontra apoio no figurino, de Coco Chanel, num de seus últimos e mais marcantes trabalhos para o cinema. Suas criações são de uma elegância a um tempo moderna e atemporal, que serve para evidenciar a forma idealizada com que a memória se cristaliza. Nos anos 30, Chanel já havia trabalhado em Hollywood como consultora de moda dos estúdios de Samuel Goldwyn, e fez o figurino de filmes como “Cortesãs Modernas” (“The Greeks Had a Word for Them”), “Um Homem do Outro Mundo” (“Palmy Days”) e a comédia “Esta Noite ou Nunca” (“Tonight or Never”) com a superestrela Gloria Swanson, que, dizem, detestou as roupas. Perfeccionista demais para os padrões do cinema, a estilista às vezes queria produzir versões de um mesmo vestido, com cortes diferentes para situações em que a atriz estivesse de pé, sentada ou em movimento. Assim, segundo ela, a forma da roupa estaria sempre perfeita. Mas o estúdio e as atrizes não reconheceram a genialidade de Chanel e consideraram excessivo seu pendor por detalhes. Como bem resume a historiadora Elizabeth Leese em seu livro “Costume Design in the Movies” (Dover Edition, 1991): “Chanel simplesmente não precisava de Hollywood”. De modo que, depois de alguns entreveros com estrelas e com o estúdio, ela encerrou sua carreira cinematográfica nos EUA. Experiências com figurinos de cinema só se repetiriam anos depois, na Europa —em filmes como “Os Amantes” (“Les Amants”), de Louis Malle; “A Educação Sentimental” (“L’éducation Sentimentale”), de Alexandre Astruc, e “O Ano Passado em Marienbad”. As roupas que ela criou para o filme de Resnais são tão icônicas de seu estilo, que Karl Lagerfeld, estilista da maison Chanel, inspirou-se nesse figurino para criar uma coleção recente da marca, para Primavera/Verão 2011." Acredito que Eu tenha esclarecido um pouco da minha opinião a respeito do filme. Nesse caso, Eu não posso recomendar a visualização da película. Desbravadores.

Abs,

(Originalmente publicado em 22/10/2012).

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