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Resenha / Crítica: Down By Law / Daunbailó / Alemanha / Estados Unidos Da América, 1986 / Direção:


Boa Tarde! Down By Law é um dos filmes mais cultuados do diretor norte-americano Jim Jarmusch. Definitivamente, Jarmusch é um diretor do cinema independente americano muito cultuado pelos cinéfilos do mundo inteiro e, também, do Brasil. Eu nunca tinha assistido a nenhum dos seus filmes e fiquei bastante intrigado com a variedade de sentimentos contraditórios que o contato com a sua arte veio a me proporcionar de verdade. O filme foi escrito e dirigido por Jim Jarmusch. Bom, vamos lá, a uma breve resenha e crítica de Daunbailó. A história é simples, e gira em torno de três presos, interpretados por Roberto Benigni (Roberto), Tom Waits (Zack) e John Lurie (Jack). No início do filme, seremos apresentados a Jack, através de uma pequena viagem com a câmera no bairro onde ele reside e atua como cafetão. A trilha sonora do filme é muito interessante e foi realizada por John Lurie. Aliás, percebi que a colaboração de Jarmusch e Lurie não parou por aqui. Jack é o cafetão do bairro, um cara sisudo, de poucas palavras, com um perfil mais introspectivo. Infelizmente, Jack marca um encontro com um "amigo" que supostamente está chateado por ter pisado na bola com Jack. Após uma breve resenha tudo resolvido para o primeiro desencontro da película. Agora, falaremos um pouco de Zack. Ele não se encontra numa fase muito boa de sua vida. Perdeu o trabalho de DJ numa rádio e terminou o seu relacionamento com a sua namorada. Gostei bastante do apartamento do casal, um toque real de decadência e a cena que se desenvolve entre o casal é bem curiosa. Numa calorosa discussão, a sua namorada quebra vários vinis de Zack. Achei incrível a sua atitude calma e passiva. Na verdade, esse fato não tem muita importância no filme, mas para mim foi bem significativo. Término de relacionamento, a mulher destruindo algo que tem valor para o cidadão e não existe nenhuma reação de sua parte. Game over baby. Literalmente na sarjeta, tomando uma birita e afogando as mágoas, Zack é abordado por um cidadão chamado Preston. Depois de um bate-papo cheio de malandragem, Preston oferece mil "doletas" e convence Zack a levar um Jaguar para o outro lado da cidade. Vida que segue e a cena se desenvolve também. Tempo para o segundo desencontro da película. Estamos diante de duas situações estranhas - talvez, algo ainda mais esquisito para o leitor -, mas Jack e Zack se encontrarão na prisão. A convivência dos dois personagens será um pouco estranha e tensa. É verdade que os dois conseguem desfrutar de alguns momentos divertidos. Contudo, apesar de diferentes, Jack e Zack têm um temperamento bem forte e rebelde, posso escrever que eles desenvolvem uma relação de amizade, mas a sensação de ruptura é permanente. Acredito que esse seja um bom momento para a apresentação do terceiro protagonista da película. Roberto é preso e se encontra com Jack e Zack na prisão. Definitivamente, a tensão que pairava no ar será dissipada com o carisma e bom humor do italiano. Roberto não fala muito bem a língua inglesa, ele tem um caderninho de anotações, com algumas frases e palavras anotadas. O personagem é bem engraçado e Roberto Benigni é a cola que faltava para dar consistência ao filme. Porém, de maneira nenhuma, essa constatação não tira o crédito e o mérito das atuações de Tom Waits e John Lurie. É apenas uma observação diante da importância do personagem de Benigni. Surpresa, Roberto descobre um plano para fugir da prisão com os seus dois novos amigos. Enfim, acredito que essa é uma resenha mais do que suficiente para assistir ao filme. Esqueci de um detalhe importante. A película foi filmada em preto-e-branco, mas acredito que não foi com a finalidade de se parecer com um filme antigo. Talvez, seja apenas uma preferência estética. Não consigo imaginar esse filme colorido. Existem duas cenas "finais" da película que Eu gostei bastante. A cena que eles estão na floresta, perdidos e com fome. Roberto, mata um coelho e volta para se encontrar com os amigos. Entretanto, Jack e Zack, estavam exaustos e nessa altura cada um procurava o seu próprio caminho. Roberto chama os dois amigos, uma cena engraçada e bem significativa no filme. Bom, quer dizer, Eu achei uma cena significativa, principalmente, com a cena final da película. É um ótimo filme, muito bem dirigido, vale a pena conferir. É uma película que Eu apreciei assistir, principalmente pela diversidade cultural dos atores e personagens e por ter o espírito da marginalidade. Contudo, senti falta de uma maior participação e consistência dos personagens. Bom, mas isso é apenas uma questão particular de gosto mesmo, não é essa a proposta e o olhar do diretor. Recomendo.

Abs,

(Originalmente publicado em 11/10/2012).

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