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Resenha / Crítica: Dead Man / Estados Unidos Da América / Alemanha / Japão, 1995 / Direção: Jim Jarm


Boa Tarde! Dead Man é a película mais intrigante que Eu assisti do diretor Jim Jarmusch. Visualizei apenas três filmes de sua filmografia, mas não acredito que é possível definir os seus filmes apenas com as pelavras "gostei ou não gostei". Só por esse fato a obra do diretor chama a atenção de qualquer ser pensante. Normalmente, costumo construir uma maior admiração com os artistas que são contraditórios e que através da sua arte nos oferecem a possibilidade de admirar e de conviver com as nossas próprias incongruências. Tenho a conviccção que a resenha que realizarei com a película não será nem de longe o suficiente para descrever com satisfação a maioria dos elementos cinematográficos e históricos apresentados pelo diretor. William Blake (Johnny Depp) é um jovem contador da cidade de Cleveland que viaja milhas até o Oeste para assumir um emprego prometido por carta na fábrica do Sr. John Dickinson (Robert Mitchum). Exatemente, temos Johnny Depp e Robert Mitchum na película. Depp, estreará no próximo ano um filme que se chama o "Cavaleiro Solitário". O ator interpretará um índio navajo que se chama Tonto. Infelizmente, Mitchum veio em falecer em 1997, ou seja, esse é um dos seus último filmes. Entretanto, antes de chegar até a cidade de Machine, William conhecerá estranhas figuras no trajeto realizado pelo trem. Depois de uma estranha conversa com um passageiro, Blake testemunha o tiroteio dos demais passageiros contra os búfalos que estão a passear do lado de fora. William é uma pessoa tímida e resevada, fica evidente, que esse primeiro contato com a cidade desconhecida foi chocante e intimidador. Ah, não posso me esquecer de escrever sobre a trilha sonora do filme. Ela foi composta por Neil Young, é instrumental e não é apenas a trilha sonora do filme. Definitivamente, ela auxilia na composição do filme, personagens e estará presente em toda a película. Não há dúvida que a trilha sonora é de ótima qualidade, mas acredito que a trilha foi usada de maneira excessiva e repetitiva. Blake entrou em contato com o seu novo trabalho, mas infelizmente a sua vaga já havia sido preenchida. Perdido na cidade, ele vai até um bar, compra um pequena garrafa de bebida e vai até a rua em direção a sarjeta. Por situações que só o destino pode explicar acaba por conhecer a bela jovem Thel Russel (Mili Avital) . Após uma noite de amor, ao amanhecer, o ex-noivo Charlie Dickinson (Gabriel Byrne) vai até o pequeno apartamento. Após uma breve discussão, Charlie atira em Blake, ambos estavam na cama e Thel se coloca na direção da bala que tinha endereço certo. A jovem morre e Blake consegue arrumar um revólver e, na terceira tentativa, acerta o pescoço de Charlie, que também morre naquela mesma hora. Entretanto, o tiro desferido por Charlie também atingiu Blake e a bala ficou alojada bem próxima do seu coração. Acredito que cometi uma pequena falha na caracterização do filme. A película é um filme que lembra muito o gênero de western americano, mas acredito que o filme possui alguns elementos de western, mas não é um filme típico do gênero. William fica assustado com a situação, pega algumas peças de roupa e foge da cidade. Contudo, rapidamente, a notícia do assassinato se espalha pela cidade. Por coincidência, Charlie era filho do Sr. Dickinson. John contrata três pistoleiros forasteiros para caçarem William, seja vivo ou morto. Ferido, perdido e exausto, Blake é socorrido pelo índio Nobody (Gary Farmer). Nobody tenta retirar a bala do peito de Blake, mas não consegue obter êxito na sua tentativa. Esse é um momento muito importante da película. O encontro de duas culturas completamente diferentes e, nesse caso, William será auxiliado pelo índio. A transformação do personagem de Depp em apenas pequenos detalhes é algo impressionante. Por isso que Eu sou fã de Depp, um ator corajoso, que se arrisca ao realizar papés diferentes e interessantes.Não reproduzirei o diálogo da cena, mas é um momento muito significativo no filme. Pronto, temos um bom argumento da trama. Um fugitivo acusado injustamente por duplo assassinato + um índio + pistoleiros e outros membros da cidade atrás de uma bela recompensa. A película é muito bem filmada, com tomadas realizadas em diferentes ângulos e enquadramentos. É nítida a atenção do diretor com as cenas e a fotografia que é impecável. Infelizmente, Eu ainda não sei nomear as técnicas utilizadas, por isso que, no final do mês, frequentarei um breve curso de linguagem cinematográfica. Na película, Eu não gostei do excesso de cortes entre as cenas. Acredito que esse fato não tenha sido uma falha do diretor e sim, uma escolha por esse tipo de linguagem. Particularmente, achei muito excessivo, "amarrou" o filme sem necessidade. É verdade que contribui com o desenvolvimento da película, facilitou o entendimento de algumas cenas, p.ex. a perseguição aos pistoleiros e a noção de tempo dentro do próprio filme. A película tem momentos maravilhosos, com certeza, é um filme para se ver e rever várias vezes. Ótimo filme! Recomendo,

Abs,

(Originalmente publicado em 11/10/2012).

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