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Resenha / Crítica: Cinema Paradiso / França / Itália / 1988 / Direção: Giuseppe Tornatore


Boa Tarde! Cinema Paradiso é uma das mais belas e delicadas películas que tive o prazer de assistir em toda a minha vida. O início do post não poderia ser diferente, mesmo sabendo que muitos críticos considerem a direção de Giuseppe Tornatore um pouco manipuladora. Não importa. O cinema é o lugar dos mais belos sonhos impossíveis. E que história emocionante. Fique tranquilo. Eu só vou contar um pouquinho da história, só para dar aquela vontade de sair correndo e assistir ao filme. Tive a oportunidade de visualizar o filme por três vezes e, sem sombra de dúvidas, me emocionei demais em todas essas oportunidades. Em meio o pós-Segunda Guerra Mundial, e com o surgimento da televisão, Totó (Salvatore Cascio - criança) passa as tardes no único cinema da cidade, o Cinema Paradiso. No Cinema Paradiso, todos os moradores da pequena cidade se encontra para assistir aos filmes (os clássicos do cinema, as graças de Chaplin, os sorrisos das musas e divas da época, como Ingrid Bergman. p.ex), conversarem sobre o dia-a-dia ou até mesmo para dormirem e/ou se encantarem na sala escura do cinema. É muito curioso, o operador de câmera do cinema, conhecido como Alfredo (Philippe Noiret), deve tomar o cuidado de cortar a película nas cenas de beijo, ou seja, enquanto uma parte do mundo já assisti as cenas que revolucionaram o cinema, a pequena cidade vivia com essa expectativa.- Nesse pandemônio, Totó está na primeira fila, com os olhos grudados à tela, observando os astros e estrelas da época de ouro do cinema. A comédia do longa está nessas passagens do escurinho do cinema, tanto pelos personagens, que falam alto, se movimentam entre os corredores, tiram sarro uns dos outros; como também por mostrar os melhores filmes da década de 30, 40 e 50, onde a interação filme-plateia se torna tão agradável quanto o próprio filme em cartaz. Sem dinheiro para assistir a todas as sessões, Totó tenta ficar amigo do projecionista, o Alfredo, que o expulsa toda vez de sua cabine, que para Totó, é o paraíso na terra. Com o tempo os dois se tornam amigos, e Totó começa a ajudá-lo na projeção dos filmes. O filme mostra em flash backs a vida de Salvatore di Vitto, um cineasta famoso, que viveu sua infância em um vilarejo na Itália, onde conheceu e aprendeu a amar o cinema. A película é uma espécie de autobiografia do cineasta Giuseppe Tornatore que nasceu em Bagheria, próximo a Palermo, na Itália. Na adolescência teve interesse por teatro, onde esteve presente em obras de Luigi Pirandello. Atuou também como fotógrafo freelance por alguns anos. Aliás, num futuro post, observaremos uma película rescente que foi inspirada na terra natal do diretor. Totó "criança" tem uma mãe protetora e uma irmã bem pequena. O seu pai foi para a Guerra na Rússia e a sua mãe não consegue admitir a morte do marido. O menino é coroinha da Igreja e é uma criança muito cativante. O seu amor pelo mundo fantasioso e infinito do cinema faz com que a sua amizade com Alfredo se torne um grande exemplo de amor e carinho. A película é sensacional, em todas as fases da vida de Totó (adolescente e ou adulto). Escolhi a fase criança, é a fase mais emocionante de toda a sua vida, mas sem tirar os méritos das outras experiências. A trilha sonora de Ennio Morricone é de arrancar o coração para fora do peito. Lindo. A película tem duas versões: "Cinema" e "Diretor - com mais cenas". Assisti as duas versões e vale muito a pena. Filmaço. Recomendo.

Abs,

(Originalmente publicado em 17/12/2012).

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