top of page

Resenha / Crítica: Cien Años de Soledad / 100 Anos De Solidão / Editora: Record / 1967 / Autor: Gab


Boa Tarde! Espero que todos os leitores do blog tenham usufruído de uma semana rica, permeada de dores e sabores. Imaginei que finalizaria a leitura do livro no início da semana. Demorei um pouco mais e acabei por concluir a leitura de "100 Anos de Solidão" na quarta-feira passada. Esse é o primeiro livro que leio do escritor, jornalista, editor e ativista político colombiano - Gabriel García Márquez. É claro que Eu já o conhecia de nome e fama, mas não possuía nenhuma informação a respeito de sua obra literária ou trajetória pessoal. Primeiro passo: descobri que ele é colombiano. Interessante, particularmente, já é considerado um ponto bem positivo. Ah, Eu também já assisti a um belo filme - "Amor Nos Tempos Do Cólera" - estrelado por Javier Bardem e elenco + a atriz brasileira Fernanda Montenegro. Infelizmente, Eu não me lembro muito bem da história, a minha memória é horrível, mas ficou uma lembrança muito boa do filme. Li na internet que o livro é maravilhoso e espero que num futuro próximo a gente se encontre mais uma vez. Antes de começar a escrever sobre a história de "100 De Solidão", gostaria de falar um pouquinho da introdução do livro, ou seja, o "antes" da história. Curiosidade: Normalmente, Eu tenho muito interesse pela história do livro e personagens. Entretanto, é frequente Eu ter um interesse ainda maior pelo autor, contexto político da época e demais informações. Enfim, na introdução do livro (79º Edição / 2012), realizada pelo tradutor da obra - Eric Nepomuceno - temos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o autor colombiano. Gostei muito dessa preparação antes de começar a ler o livro e de mergulhar mais nesse recorte do mundo do autor. Antes disso, temos a presença do discurso de Gabriel García Márquez para o prêmio Nobel, registro muito interessante também. Bom, só não vou alterar a ordem do que escrevi por apego mesmo. Beleza. Agora, vamos conhecer a história de "100 Anos de Solidão". A primeira página do livro é a "Árvore Genealógica Dos Buendía", algo que já me chamou muito a atenção. A história se passa em Macondo, uma cidade fictícia, fundada por José Arcádio Buendía na sua juventude, quando com os homens dele, mulheres e crianças e animais, atravessaram a serra procurando uma saída para conquistar o mar, contanto, após vinte e seis meses de luta, desistiram e fundaram a ficticia Macondo no lugar onde José Arcadio Buendía havia sonhado com uma cidade onde as casas tinham paredes de espelho. Essa rústica vila era habitada por um pequeno povoado e suas famílias, longe de qualquer cidade mais desenvolvida e afastada do frequente contato com outros povoados e etnias. Julguei importante apresentar a cidade, achei na internet que Macondo era uma cidade localizada na Colômbia. Entretanto, no livro, Gabriel García Márquez não escreveu esse fato na trama. Na internet, localizei uma possível fonte de inspiração da cidade. Fiquei satisfeito com a explicação já que faz sentido com o desenvolvimento da história no livro "Macondo foi baseada na cidade da Aracataca, onde Gabriel G. Marquez viveu parte da sua infância. Macondo era o nome de um bananal que se localizava nas imediações da cidade e na Língua Bantu quer dizer Banana. Dizem também que Macondo foi inspirada por William Faulkner's fictionalized Yoknapatawpha County. Embora alguns digam que o escritor não tenha lido nenhuma peça de Faulkner enquanto escrevia o Romance." José Arcádio Buendía é o primeiro grande personagem da história. Ele é um Homem rústico, corajoso, apaixonado pela mistério e a ciência. É interessante que não sabemos o ano e/ou século que a história se desenvolve. É verdade também que a história fornecerá elementos para a imaginação do leitor. No início, talvez, estejamos no começo do século XX, apesar de termos a presença de alguns personagens bem folclóricos e/ou místicos. Nesse caso, a noção de tempo fica um pouco comprometida e confusa, mas esse universo está de acordo com o desenvolvimento da história. Pesquisei um pouco mais sobre Gabriel García Márquez para entender um pouco mais sobre o universo de sua obra, já que o livro apresenta características muito contraditórias. Observei que o autor foi o responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. O realismo mágico "é uma escola literária surgida no início do século XX também é conhecida por realismo fantástico ou realismo maravilhoso, sendo este último nome utilizado principalmente em espanhol. O realismo mágico se desenvolveu fortemente nas décadas de 1960 e 1970, como produto de duas visões que conviviam na América hispânica e também no Brasil: a cultura da tecnologia e a cultura da superstição. Surgiu também como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais deste período. Este conceito pode ser definido como a preocupação estilística e o interesse em mostrar o irreal ou estranho como algo cotidiano e comum. Não é uma expressão literária mágica: sua finalidade é a de melhor expressar as emoções a partir de, sobretudo, uma atitude específica frente à realidade. Uma das obras mais representativas deste estilo é Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez. Apesar de aparentemente desatento à realidade, o realismo mágico compartilha algumas características com o realismo épico, como a intenção de dar verossimilhança interna ao fantástico e ao irreal, diferenciando-se assim da atitude niilista assumida originalmente pelas vanguardas do início do século XX, como o surrealismo." Interessante, consegui visualizar duas carasterísticas importantes de José Arcádio Buendía. Ele é um Homem com interesse no desenvolvimento de Macondo (tecnologia), mas extremamente influenciados pela cultura da superstição. Ele á casado com Úrsula Iguarán, prima de José Arcádio Buendía e, juntos, eles construírão a saga histórica da família Buendía e da cidade de Macondo. Logo nesse início de história temos a presença do cigano Melquíades, um Homem sábio com um profundo conhecimento da ciência da época e do misticismo também. No livro, conheceremos a fundo a história dessa família e a dos seus descendentes, concomitantemente, com a história da cidade de Macondo (Pessoalmente, sinto a cidade como um personagem na história). Escrevi tudo isso apenas para enfatizar que assim como na vida "100 Anos De Solidão" encontra-se em movimento e em constante transformação. É claro que a noção de tempo é algo bem particular e peculiar no livro. O livro apresenta uma outra característica que Eu achei bem interessante que é o movimento político. Com certeza, um dos momentos mais interessantes da obra com a participação do marcante personagem Aureliano Buendía. Eu gostei bastante de ler a primeira metade do livro. Depois disso, a leitura começou a ficar cansativa e o nível de interesse somente diminuia. Contudo, durante a leitura Eu sentia que Eu ainda voltari a me reconectar com o livro e, num passe de mágica, tudo voltaria a fazer sentido. Sabe, Eu sentiria de verdade a integração de toda aquela história. No final do livro, em poucas palavras, a história se resolveu de maneira brilhante. Realmente, o livro é genial, com muito mais riqueza e detalhes do que Eu escrevi nesse espaço. Há inúmeros temas a serem abordados e/ou discutidos, belos temas da história da humanidade e do ser-humano. Uma obra de uma beleza rara e que todo latino americano deveria se dar ao prazer e desprazer da leitura. No final, tudo vai ficar bem. De repente, os nossos antepassados ficarão agradecidos....

Abs,

(Originalmente publicado em 19/10/2012).

Destaque
Tags
Nenhum tag.

Parabéns! Sua mensagem foi recebida.

bottom of page