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Resenha / Crítica: A History of Violence / Marcas da Violência / Estados Unidos da América / Alemanh


Boa Tarde! "Marcas da Violência" foi escrito por Josh Olson baseado no romance de John Wagner e Vince Locke. Tom Stall (Viggo Mortensen), é um homem de família, proprietário de um pequeno e aconchegante restaurante numa pequena cidade do Estado da Indiana, nos Estados Unidos da América.. Casado com Eddie (Maria Bello), pai de dois filhos - o adolescente Jack (Ashton Holmes) e a pequena Darah (Heidi Hayes) -, sua rotina é totalmente revirada quando dois bandidos entram em seu estabelecimento numa tentativa de assalto. Os dois assaltantes estavam fugindo de carro, "visitando" as pequenas cidades do país, na incessante busca de um pouco mais de sangue e diversão. Nada particular, estavam ali apenas por acaso. Sem dinheiro, o que custa fazer um rápido assalto, não é verdade? A dupla de assaltantes entra no restaurante e após uma conversa breve e estranha, o café é servido pelo gentil Tom Stall. Está nítido que a harmonia daquele ambiente não vai durar por muito tempo. Dá para sentir a tensão da cena, gosto muito desse lance também, todos os sentidos ficam muito mais atentos. A cena é muito boa, é uma marca pessoal do diretor, em 2007 o diretor gravou o filme "Senhores do Crime (2007)" e levou essa narrativa para outro nível. "Senhores do Crime" é um ótimo filme e Viggo Mortensen é o ator ideal para esse tipo de história. Gosto de ver a sua atuação como Aragorn (Risadas mil ao cubo) e, principalmente, de personagens que tenham sido corrompidos pela vida ou corromperam a si próprios também, mas esse não é o fato relevante e, sim, que são personagens com uma profundidade de espírito muito grande e indecifrável. Ser honrado, viver com honra, mesmo sabendo que não existe nada honrado nisso. Quem deseja viver com honra? Não se vive com honra, você apenas faz aquilo que tem que ser feito. Errado. Certo. E o vazio, o silêncio do mais profundo vazio. Como se fosse um verdadeiro profissional, Tom consegue desarmar os dois criminosos e numa rápida ação acaba matando os dois bandidos. Cena legal também, rápida e seca. Ótimo, Tom Stall salva a vida de algumas pessoas da comunidade e de uma hora para outra se torna a nova celebridade da pequena cidade. Contra a sua vontade, ele atrai atenção não somente das pessoas da comunidade, mas em especial de um perigoso gângster - Carl Fogarty (Ed Harris). Ele chega na cidade, acompanhado de dois capangas e uma considerável cicatriz no olho esquerdo, afirmando que Tom é outra pessoa. O pai de família, por sua vez, nega de pé junto, mas as investidas do gângster são incisivas demais para que a confusão passe ignorada. De uma hora para outra a pacata vida de Tom e de a sua família foi alterada. A sua família começa a ser perseguida e sofre muito com o aumento da pressão psicológica. Será que Tom está dizendo a verdade? Qual é a origem do seu passado? Apenas duas perguntas das muitas que surgirão no decorrer do filme. Apesar dos elogios ao filme, ele sofre por não ter um roteiro mais elaborado. É um roteiro muito interessante, mas faltou se aprofundar mais na história de Tom Stall. Ok, acredito que não era essa a intenção do diretor e, sim, de questionar valores morais, personalidade e de família. Enfim, é um bom filme, as pessoas que conseguem enxergar a beleza na violência....Recomendo.

Abs,

(Originalmente publicado em 01/11/2012).

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