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Resenha / Crítica: The Departed / Os Infiltrados / Estados Unidos da América, 2006 / Direção: Martin


Boa Tarde! Terminarei o post dedicado a Martin Scorsese com a película - The Departed - que premiou o diretor norte-americano com quatro estatuetas no Oscar 2007 ( melhor filme, melhor diretor (Scorsese), melhor roteiro adaptado e melhor edição), além de uma indicação à melhor ator coadjuvante para Mark Wahlberg. A trama é bem simples, mas é impressionante a qualidade dos atores e, também, da filmagem realizada por Scorsese. Ele é o tipode diretor que consegue fazer uma tomada simples se encaixar de maneira perfeita. Em outros momentos, consegue trazer tensão e ação com um simples jogo de câmeras. É claro que o cenário do filme é perfeito junto com uma ótima fotografia. O filme se passa em Boston, Massachusetts, onde o chefe da máfia irlandesa, Francis "Frank" Costello Jack Nicholson), infiltra na polícia - Colin Sullivan (Matt Damon) como um informante dentro da Polícia Estadual de Massachussetts. Simultaneamente, a polícia infiltra William "Billy" Costigan (Leonardo Di Caprio) na equipe de Costello. Quando ambos os lados percebem a situação, ambos os homens tentam descobrir a identidade do outro, antes que o seu próprio disfarce seja revelado. Para quem ainda não assistiu ao filme, ao ler essa breve sinopse, pode achar que é apenas mais uma película de mocinho x bandido. É claro que temos essa premissa aqui, mas o que diferencia o filme de muitos outros de gênero parecido é a habilidade do diretor e dos atores em desenvolver um filme de maneira simples, mas sem deixar de lado o desenvolvimento de uma trama complexa. Ao assistir esse filme, o espectador está sempre se questionando a respeito da história, da relação dos personagens entre si, valores morais, preconceitos e por fim do conceito de verdade. Outro aspecto de muita importância e, particularmente, conduzido de maneira genial por Scorsese foi o fator casualidade. Vamos lá. Fatos, acontecimentos, imprevistos do dia-a-dia. Por um acaso alguém já se viu diante de uma situação definida como "sob controle" e, de repente, acontece algum fato totalmente inesperado? Então, mas esse fato inusitado não é qualquer acontecimento - não podemos nos esquecer que temos a situação "sob controle", certo? - e quando isso acontece, não há nada do que você possa fazer a respeito. É impressionante, na película, Scorsese escancara na tela uma violência tão seca e em alguns momentos tão rápida ou sem importância que é impossível não ficar de boca aberta. Eu já li o livro do Scorsese, em breve vou refazer essa leitura, é um excelente livro, mas acho que esse é o tipo de experiência que o próprio Scorsese presenciou na sua vida. Na película, temos alguns exemplos desse tipo de cena e quando você percebe isso na tela, você sente a cena nas suas entranhas. E engole seco mesmo. Fiquei muito satisfeito em assistir ao filme pela segunda vez, posso dizer que foi uma experiência ainda melhor que o primeiro "shot" (ironias...rs). Mais uma vez temos uma bela trilha sonora, vale a pena conferir, sem medo de ser feliz. Ah, para aqueles que não gostam do Matt Damon, nesse filme ele realizou um excelente trabalho. Leonardo Di Caprio também. E, é claro, o mestre dos mestres - Jack Nicholson - para mim um dos melhores atores em vida. O cara é muito foda, desculpem-me, mas Eu não poderia escolher melhor adjetivo. Mais uma vez, para quem ainda não assistiu a esse filme e aprecia um ótimo filme policial ou deseja ver como a vida pode ser bem dura e ingrata(?), está aí uma boa dica. Recomendo.

Abs,

(Originalmente publicado em 30/07/2012).

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