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Resenha / Crítica: Sete Dias Com Marilyn / My Week with Marilyn / Inglaterra / Estados Unidos Da Amé


Boa Noite! Meu Deus, que calor aqui em São Paulo! Aproveitei esse imenso calor e lustrei a minha careca, está uma beleza, dá para enxergar a minha cabeça de cone cômico de longe. Ah, se você nunca raspou a sua linda cabeleira com a máquina zero ou com uma lâmina de barbear, tente praticar essa experiência, é algo muito bacana. Hoje, escreverei sobre a película "Sete Dias Com Marilyn" do diretor inglês Simon Curtis. Não conheço nenhum trabalho anterior realizado pelo diretor que têm no seu currículo algumas filmagens de séries televisivas (Cranford, The Amazing Mrs Pritchard ) e alguns filmes feitos especialmente para a televisão. A trama se desenvolve na Inglaterra e retrata um curto período da passagem da atriz americana na terra dos Beatles. Naquela oportunidade, Marilyn Monroe (Michelle Williams) foi ao país britânico a trabalho, para atuar como grande estrela de cinema num filme chamado "O Príncipe Encantado". Além de Monroe, temos como destaque o renomado ator inglês Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh) e a veterana atriz Dame Sybil Thorndike (Judi Dench). Nesse primeiro momento a pelicula apresenta um fato bem curioso. Monroe foi escalada para atuar no filme, pois Olivier acreditava que a sua esposa - a também atriz Vivien Leigh (Julia Ormond) - não possuia mais a idade adequada para representar o papel que outrora executou com maestria numa versão protagonizada no teatro. Em 1956, Marlyn estava no auge da fama e era uma atriz que, literalmente, todo mundo parava para assistir, pedir autógrafos e/ou algum tipo de atenção. Paula Strasberg (Zoë Wanamaker) era a empresária de Marilyn, figura inseparável e mediadora da relação da atriz com os demais atores e com a realização do filme. Olivier desejava que a atriz comparecesse as gravações no horário determinado, mas Monroe sempre se atrasava e apresentava enormes dificuldades de executar com perfeição a caracterização do seu personagem. Observamos que na maioria das vezes a fala da personagem a ser interpretada por Marilyn era bem simples e, aparentemente, de dificuldade bem reduzida. Entretanto, apesar de ser uma estrela do cinema, ela era uma pessoa muito insegura e necessitava da aprovação dos demais atores e da equipe de produção. Na verdade, Monroe sabia que não era uma grande atriz, tinha grande dificuldade em lidar com esse fato de uma maneira real e racional. Para aliviar a sua dor, abusava do uso de medicamentos e insistia em viver a vida com uma boa dose de delírio e uma exacerbada hipersensibilidade que lhe causava muito sofrimento. Colin Clark (Eddie Redmayne), 23 anos, um empregado de Sir Laurence Olivier e nomeado terceiro diretor na sua primeira participação na indústria cinematográfica. O jovem inocente e apaixonado por cinema será um figura muito importante para que a película seja gravada sem maiores problemas. A sua falta de vivência e experiência será uma qualidade muito valorizada, em conjunto com uma outra qualidade a sinceridade, permitirá que Clark seja o mediador da relação da atriz com a película que será realizada. Fiquei satisfeito com a atuação da atriz Michelle Williams, ela não tentou copiar o jeito exagerado de ser de Monroe. Ela conseguiu incorporar ao personagem características marcantes da atriz tanto fisicamente como em simples gestos e maneirismos. Imagino que deve ter sido bem trabalhoso encontrar um "porto seguro" para interpretar esse ícone do cinema mundial. Há alguns momentos encantadores como a cena em que Clark pergunta a Monroe porque ela tem uma foto de Abraham Lincoln ao lado da cama. Sua resposta: "Eu não sei quem é meu verdadeiro pai era, então por que não ele? Surreal. Kenneth Branagh é a outra grande estrela do filme, gostei do seu personagem, mas não tenho na minha atual vivência uma vivida lembrança da figura de Olivier. Judi Dench faz uma pequena ponta no filme, mas é impressionante a força e sutileza que essa grande atriz apresenta na película. Emma Watson (Lucy) faz uma pequena ponta também, ela é uma jovem ingênua que trabalha na produção do filme e vive um romance com Colin Clark. O filme é uma adaptação do livro homônimo de Colin Clark, que na época trabalhava como assistente nas filmagens. Durante uma semana, ele teve a oportunidade de mostrar o melhor da vida britânica à atriz, que queria escapar das pressões da rotina hollywoodiana. Recomendo.

Créme De La Créme

Michelle Williams Abs,

(Originalmente publicado em 01/03/2012).

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