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Resenha / Crítica: Pina / Inglaterra / França / Alemanha, 2011 / Direção: Win Wenders


Boa Tarde! O documentário Pina é a película mais recente do renomado diretor alemão Win Wenders. O filme concorre na premiação do Oscar 2012 na categoria "Melhor Documentário". Philippine Bausch, mais conhecida como Pina Bausch (Solingen, 27 de julho de 1940 — Wuppertal, 30 de Junho de 2009), foi uma coreógrafa, dançarina, pedagoga de dança e diretora de balé alemã. Infelizmente, Pina faleceu em 2009, apenas cinco dias após ter recebido o diagnóstico de um câncer. Apesar de parecer oportuno um documentário, Wenders iniciou o projeto do documentário em 2008, ou seja, quando Pina estava viva e em plena atividade. Para maiores esclarecimentos, Eu já tinha ouvido falar sobre Pina, alguns clientes já tinham procurado algum material sobre a artista, mas nunca tive maiores informações sobre a sua carreira artística. Eu acho muito interessante a arte da dança como uma ferramenta para ampliar a capacidade do ser-humano em se comunicar. Através da dança podemos observar os mais variados sentimentos. Tristeza, alegria, compaixão, angústia, desejo, liberdade. Eu não conheço nada sobre dança, mas me considero uma pessoa com uma sensibilidade bem desenvolvida e apesar da minha ignorância por não conhecer aspectos técnicos dessa arte, procuro entrar em sintonia com o que sinto e percebo dessa experiência. O documentário é realizado pela própria compania de dança de Pina, ou seja, os atores da película são os dançarinos e a sua experiência de muitos anos com a coreógrafa alemã. Fiquei muito contente ao perceber que tive a sensibilidade de reconhecer que vários movimentos corporais dos bailarinos eram repetitivos. Entretanto, não quero dizer que são movimentos cansativos ou sem nenhuma criatividade. Aliás, muito pelo contrário, senti que a repetição dos movimentos pode indicar uma busca pela perfeição dos movimentos que foram executados assim como também podem sinalizar os aspectos emocionais e físicos daquela representação. Pensei que o documentário teria uma abordagem cronológica de Pina ou, quem sabe, uma combinação visual da vida da artista e de sua obra. Contudo, Wenders oferece com a sua câmera um outro olhar. Na verdade, a lente da sua câmera é uma espécie de observador generoso e privilegiado. Observei que o diretor teve a sensibilidade de apresentar a dança e, principalmente, Pina como uma artista que valorizava a arte da dança como um meio de comunicação em que a linguagem escrita não dava conta de expressar sentimentos e aspectos subjetivos da alma. Logo no começo da película podemos constatar que para Pina produzir a arte da dança não era uma questão apenas de aptidão. Dançar é percebido como uma necessidade mais do que básica, algo como respirar ou se alimentar. Tive um pouco de dificuldade no começo do filme. Afinal, é uma outra linguagem, mas posso garantir que me senti muito satisfeito em assisti-lo. É uma experiência muito interessante e se cada espectador se entregar a proposta de entrar em contato com essa linguagem, acredito que muitos terão a possibilidade de experimentar sentimentos dos mais diversos. Gostei muito do documentário, fiquei com mais vontade de saber sobre a vida e obra de Pina. É impressionante, o impacto que a sua obra teve na vida de cada artista. É verdade, senti vontade de visualizar na tela do computador mais imagens de Bausch, mas compreendi que Wenders nos ofereceu a riqueza de sua linguagem como herança e legado. Recomendo.

Créme De La Créme Just Dance... Abs,

(Originalmente publicado em 12/02/2012).

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