Resenha / Crítica: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres / The Girl With the Dragon Tattoo, 2011 / Di
Após uma breve pausa de vinte dias retorno as atividades diárias do blog. Nessa semana, mudarei a interface do blog e criarei algumas colunas com temas fixos. Temas fixos, mas histórias sempre diferentes e com conteúdo interessante. Peço a gentileza de acompanharem ao blog "Créme De La Créme Tem Gosto", a frescura rola solta algumas vezes, mas é claro, sem nunca perder a classe e o rebolado. "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" conquistou uma estatueta dourada na premiação do Oscar 2012 na categoria de "Melhor Montagem". A atriz-protagonista Rooney Mara concorreu na categoria de "Melhor Atriz" por sua atuação como a andrógena, cyber-espiã e enigmática Lisbeth Salander. Além desse destaque inicial, a película realizada pelo diretor americano David Fincher, concorreu ao Oscar 2012 nas categorias: "Melhor Fotografia", "Melhor Edição de Som" e "Melhor Mixagem De Som". Vale a pena relembrar o currículo de David Fincher: "A Rede Social", "O Curioso Caso de Benjamin Button", "Clube Da Luta", "Seven - Os Sete Pecados Capitais", apenas para demonstrar o talento desse ótimo diretor americano. Fincher realizou muitos trabalhos para a televisão norte-americana, tendo atuado em comerciais de importantes multinacionais (Nike, Coca-Cola, Budweiser, Heineken, Pepsi, Levi's, Converse, AT&T and Chanel). Ele também dirigiu clips musicais de inúmeros artistas (Madonna, Sting, The Rolling Stones, Michael Jackson, Aerosmith, George Michael, Iggy Pop, The Wallflowers, Billy Idol, Steve Winwood, The Motels e, recentemente, A Perfect Circle). "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" é baseado na trilogia Millenium realizada pelo falecido jornalista e escritor sueco Karl Stig-Erland Larsson, mais conhecido como Stieg Larson. "The Girl With The Dragon Tatoo" é a primeira parte dessa história de suspense e investigação. Infelizmente, ainda não li aos livros de Larsson. As pessoas que acompanham ao blog sabem que Eu valorizo muito a leitura dos livros, principalmente, as obras que servem de base sólida para um roteiro de filme. Particularmente, acredito que o livro seja uma obra de valor incalculável na realização de um bom filme. No cinema, o roteiro baseado num livro escrito por outro autor deve ser muito bem adaptado ao cinema. Na minha visão, um ótimo livro é, praticamente, imbativel se comparado ao resultado final da adaptação realizada dessa mesma obra para as telinhas do cinema. Temos inúmeros exemplos desse tipo. Acredito que nesse momento ao ler essas palavras, os leitores estão sendo bombardeados de inúmeros exemplos dessa natureza. Importante: A crítica que será realizada será tendenciosa, fantasiosa, criativa e demais adjetivos. De maneira alguma será imparcial, é apenas a minha opinião, que será retratada em simples palavras. A trama se passa entre o jornalista investigativo Mikael Blomkvist (Daniel Craig), como ele investiga o desaparecimento da sobrinha de um patriarca abastado que está desaparecida há mais de quarenta anos. Ele é auxiliado por uma hacker de computador, tatuada, cyber-punk chamada Lisbeth Salander (Rooney Mara). Por situações que descobriremos ao longo do filme, ambos trabalham em conjunto na investigação, Blomkvist e Lisbeth Salander descobrirão a imensa corrupção dessa família, além de uma surpreendente e reveladora história de racismo e morte.<br /> A trilha sonora do filme tem a participação do talentoso Tren Reznor (Nine Inch Nails) e Karen O com a música "Immigrant Song" (Led Zeppelin). Essa versão ficou sinistra e pesada, "eletronicamente" suja, curti essa versão da música. Para os mais puristas, fiquem tranquilos, essa versão não será capaz de superar a atuação do lendário grupo inglês. ( http://www.youtube.com/watch?v=fkP3urtYCkc )<br /> Desde já, deixo claro que prefiro a versão sueca, principalmente, da atriz Noomi Rapace. Essa atriz teve uma atuação espetacular, simplesmente, conseguiu realizar a enorme proeza de criar uma espécie de mito em torno do personagem. Na versão americana, Rooney Mara teve uma boa atuação, nem um pouco convincente para mim, mas ainda assim uma boa atuação. Prestem atenção: Noomi Rapace, ainda vamos assistir a muitos filmes com essa espetacular atriz. Nesse ano de 2012 a atriz estrelará o filme "Prometheus" (Pós-Produção) e "Passion" ainda em processo de filmagem. Daniel Craig é o responsável por dar vida ao jornalista investigAtivo da revista Millenium, Mikael Blomkvist, um Homem de moral e ética exemplar. Quer dizer, quase exemplar. Afinal, ninguém é perfeito, não é verdade? Daniel Craig é Daniel Craig, a sua atuação é mediana, não me convenci com a sua interpretação. A fotografia realizada por Jeff Cronenweth é maravilhosa e irretocável assim como a locação das filmagens. Não sei como é retratado no livro as mansões e a decoração dos ambientes, mas percebi que o Fincher foi meticuloso na construção do cenário e da iluminação na película. Realmente, nesse aspecto, a versão americana é bem superior a versão sueca. Enfim, agora não tem jeito mesmo, vou ter que ler aos livros dessa maravilhosa saga. Amanhã, realizarei a resenha e crítica da versão sueca (Trilogia Completa).
Créme De La Créme
Jeff Cronenweth (Fotografia). Abs,
(Originalmente publicado em 27/03/2012).
