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Resenha / Crítica: Delicatessen / França, 1991 / Direção: Jean-Pierre Jeunet


Bom Dia! Delicatessen é a película bizarra de estréia do roteirista e diretor francês, Jean Pierre Jeunet. A história do filme é muito louca. Alguns amigos da Livraria e de outros lugares, já tinham me falado que a trama era sensacional e que Eu "tinha que ver" de qualquer jeito. Infelizmente, o filme encontra-se esgotado, somente disponível para locação. Entretanto, vale a pena investir alguma energia na tentativa de encontrar o singelo filme. A trama se passa numa pequena cidade da França, num futuro próximo, o tipo de mundo que nenhum ser-humano jamais teria a coragem de vivenciar. O ponto de encontro do filme é um açougue, chamado "Delicatessen". Ah, já ia me esquecendo. Os créditos iniciais e finais do filme são de uma criatividade e simbolismo de cair o queixo, já no seu filme de estréia, a dupla Jeunet e Caro, demonstram o seu genial potencial criativo. O açougue fica num pequeno edifício, onde conheceremos alguns personagens que compartilham essa realidade de morar em cima de um açougue. Nessa época, as pessoas estão morrendo de fome e o açougueiro, Clapet (Jean-Claude Dreyfus), encontra uma solução bem prática de resolver tal problema. Periodicamente, ele contrata alguns ajudantes, cuida do seu colaborador e, após um tempo, estraçalha a valiosa matéria prima humana em pequenos pedaços. Tem para todo mundo. Ombro, joelho e por aí vai. Se você, é um espectador que aprecia um ótimo humor negro, meu amigo, pode assistir ao filme, sem medo ser feliz. Diversão garantida. Um dia, um novo ajudante, Louison (Dominique Pinon), será contratado pelo sanguinário Clapet. O que o açougueiro não esperava era que a sua filha, Julie Clapet (Marie-Laure Dougnac), se apaixonaria pelo ex-artista de circo. Como observado em outros filmes de Jeunet, a arte circense sempre estará presente de alguma maneira e é isso que acontece nesse filme. A trilha sonora é bem pontual, mas existe uma música executado pelo futuro casal que não descolará da sua memória. Inclusive, essa mesma música, aparecerá em um futuro filme de Jeunet. Garoto esperto esse cineasta. Não espere do filme uma história linear. Aqui os devaneios do diretor construirão um mosaico único e criativo, com referências psicológicas do imaginário humano. E nesse caso em específico, do mundo psicológico e imaginário do diretor e de seus personagens estranhos. Todos os personagens do filme são muito interessantes. Observaremos um pequeno processo de produção em série, algo parecido com "Tempos Modernos" de Chaplin, o processo automático e alienante de produção. Têm de tudo no filme, é uma brincadeira de estilos, alternando a beleza do antigo jeito de se fazer cinema misturado com uma visão autoral de se fazer cinema. Oh, mosaico doido e divertido. Espero que Eu tenha conseguido despertar a vontade de assistir ao filme e, dessa maneira, poderemos conversar ainda mais sobre essa louca comédia. Excelente filme! Recomendadíssimo-íssimo!

Créme De La Créme Um viva a Psicologia! Abs,

(Originalmente publicado em 12/04/2012).

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