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Resenha / Crítica: A Pele Que Habito / La Piel Que Habito / The Skin I Live In / Espanha, 2011 / Dir


Boa Noite! A Pele Que Habito é, como a maioria dos filmes do diretor espanhol, um filme que não pode ser sintetisado e explicado em poucas frases. Lembro-me do seu brilhante trabalho em "Fale com ela" e "Tudo sobre minha mãe". Acredito que assisti a apenas 4 ou 5 filmes de Almodóvar. Eu sei, é um pecado que corrigirei nesse ano de 2012. Afinal, esse é um dos principais motivos da realização do blog. Obrigado, estou perdoado. Tenho certeza que Almodóvar concorda comigo. Eu nunca assisti a um filme tão estarrecedor em toda a minha vida. Sinceridade. A trama é assustadora e lida com um enredo muito desconfortável. Veja bem, se você é o tipo de pessoa que mergulha de corpo e alma nas projeções de uma tela de cinema, deixo aqui a minha mensagem. É impossível assistir a essa obra prima e depois ainda conseguir se sentir o mesmo. Na trama, somos apresentados a um brilhante cirurgião plástico, Robert Ledgard (Antônio Banderas), que perde o sentido em viver quando sua esposa morre em um acidente de automóvel. Traumatizada com a situação, sua filha, Norma Ledgard (Blanca Suárez) passa a ter medo das pessoas e demonstra incapacidade de se socializar. Após longo tratamento neuropsicológico e o início de apresentação de um quadro diagnóstico favorável, a jovem então é liberada para tentar iniciar um convívio social, mas em uma festa de casamento se depara com a possibilidade de ter sido violentada. Diante de tantos problemas, Robert mergulha a fundo em seu trabalho e começa a projetar uma pele sintética (O nome de batismo da pele é "Gal") capaz de proteger o corpo humano de danos físicos. O experimento exige uma cobaia e esta é uma mulher misteriosa, a bela jovem Vera Cruz (Elena Anaya) que vive trancada em um cômodo da mansão de Robert. Não se enganem com essa simples resenha. Parafraseando Rod Serling .Há uma quinta dimensão. Além daquelas conhecidas pelo homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço. E tão disprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra. Entre a ciência e a superstição. E se encontra entre o abismo dos terrores do homem. E o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região que pode ser considerada... The Twilight Zone. Para aqueles que não parecem ter um problema com filmes de terror americano, onde os adolescentes são perseguidos, estuprados, esquartejados em pequenos pedaços por uma motosserra, mas ficam horrorizados com "A Pele Em Que Habito" tenho uma sugestão: Vamos lembrar que a ficção é na verdade o único lugar que se pode lidar com horror e frustração como metáforas genuínas para as falhas humanas, um lugar onde não temos que esconder dos nossos demônios, mas nós começamos a conversar com eles, um lugar onde a doença não recebe um ferido. É exatamente com esses elementos que Almodóvar criará uma narrativa surpreendente aliada a uma estética extremamente calculada. Arrasador. Contudo, tenho o palpite que o vencedor do Globo de Ouro 2012 de "Melhor Filme Em Língua Estrangeira" será o ótimo "A Separação". Eu continuo aqui, Além da Imaginação.

Créme De La Créme

A coragem de Pedro em assinar como Almodóvar. Bravo!!!

Abs,

(Originalmente publicado em 15/01/2012).

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