top of page

Resenha / Crítica: A Doce Vida / La Dolce Vita / Itália / França, 1960 / Direção: Federico Fellini


>"A Doce Vida" é considerado uma das grandes obras cinematográficas do mestre Fellini. O diretor italiano começou a carreria escrevendo alguns roteiros para os filme de Rosselini, dentro da tradição Neorrealista (O Neorealismo foi uma resposta às limitações da indústria italiana de filmes durante e logo depois da Segunda Guerra Mundial. Seus filmes recorriam a argumentos episódicos e a um estilo semidocumental, com uso de locações e de atores amadores ao lado de profissionais, para retratar o duro cotidiano de uma Itália em reconstrução), mas com este drama inaugurou um estilo cinematográfico que ficou conhecido como o estilo "felliniano", termo que descreve situações e personagens exagerados e extravagantes.<br /> A trama se passa na Roma dos anos 50, o jornalista de fofocas Marcello (Marcelo Mastroianni) passa os dias entre festas e badalações, mas sente-se vazio e sonha em escrever sobre assuntos sérios. Marcello vive com a namorada, mas com uma vida profissional e social tão intensa, o relacionamento é renegado a algum plano aqui no planeta Terra. O jornalista nutre um sentimento maternal pela companheira, é quase como uma espécie de punição que o personagem se impõe, o que nos faz pensar de como seria a sua relação com a figura materna. Infelizmente, não seremos apresentados a mãe do personagem, o que significa que Eu já escrevi demais sobre esse tema (Gargalhadas...). Quem ainda não assistiu a essa outra obra-prima de Fellini, dou a dica de ser persistente com a visualização da película. Os primeiros cinquenta minutos de filme são um pouco cansativos, com atuações exageradas (Alguns clichês de italianesco) e com cenas que sugerem a sensação de serem inúteis na evolução da trama. É, grande engano, quando Marcello sai a passeio com a maravilhosa atriz sueca Sylvia (Anita Ekberg), a compreensão a respeito do filme começará a evoluir num grau cada vez mais crescente. É impressionante a cena de Anita Ekberg na Fontana de Trevi. Estou sem entender até agora. Como é que uma cena consegue sintetizar e imprimir real significado e sentido a uma película que nessa altura da viagem se encontra nos seus cinquenta minutos de filme? Realmente, a cena é uma obra de arte que não se apagará jamais de sua cabeça. Aliás, não somente essa cena, mas uma infinidade de cenas serão gravadas pela sua memória. Como? Não sei meu amigo, mas quando Eu não sei de algo, tenho o palpite que o "mestre do Sonhos" encontra-se em plena ação. E se você é uma boa pessoa, capaz de sonhar e amar, não há necessidade de temer nada. Apenas, siga a onda. Tenho uma infinidade de exemplos para escrever a respeito do filme, mas aguardo o debate. O tão somhado debate.

Créme De La Créme A Doce Vida que não é tão doce assim, mas é linda desse jeito mesmo. Abs,

(Originalmente publicado em 03/04/2012).

Destaque
Tags
Nenhum tag.

Parabéns! Sua mensagem foi recebida.

bottom of page