top of page

Resenha / Crítica: 8½ / Itália / França, 1963 / Direção: Federico Fellini


Boa Tarde! Estou muito feliz de realizar esse post sobre o grande mestre Federico Fellini. A sorte e a coincidência (Se Freud tivesse a oportunidade de ler essas palavras ele com certeza diria:"Eu não acredito em coincidências...") vieram ao meu auxílio e nada poderia ser mais significativo para mim do que inaugurar uma coluna de cinema e escrever um pouco sobre esse lindo artista. Num primeiro momento, pode parecer que Eu sou um grande conhecedor da obra de Fellini, mas o que corresponde a verdade é exatamente o contrário. Até a semana passada, o único filme que Eu tinha assistido de Fellini e´, exatamente, a película 8½, e há alguns anos é um dos meus filmes prediletos. Por situações que fogem do nosso controle ou entendimento Eu nunca me aprofundei na obra desse maravilhoso artista. De repente, quem sabe, Eu ainda não estava preparado para apreciar o maravilhoso mundo imaginário e circense que são duas características presentes em quase toda a sua obra cinematográfica. Outro fato curioso é a trilha sonora utilizada nas películas de Fellini. Nino Rota é o responsável pela realização de todas as trilhas sonoras dos filmes dirigidos pelo mestre fundador do chamado "cinema de autor". Fellini dizia que gostava muito das trilhas de Rota, pois o maestro sabia que a trilha sonora num filme deve ter um aspecto secundário. Opinião polêmica, pode gerar bastante contéudo, mas como ele é um gênio sigamos em frente. Eu tenho um carinho muito especial por esse filme, considero uma de obra-de-arte sem tamanho, a infinidade de elementos cinematográficos, musicais, culturais, sociais, psicanalíticos (hoje em dia é comum assistirmos a filmes com conteúdo psicanalítico, mas na época esse fato era um grande tabu) que Fellini nos apresenta com enorme maestria, é apenas uma simples demonstração que o italiano foi um cidadão com a mentalidade muito a frente de sua época. Aliás, é incrível, que nos dias atuais, temos a oportunidade de usufruir de mais acesso a informação e as "ciências do conhecimento" e, ao mesmo tempo, enfrentamos o mesmo tipo de tabu ou algum tipo de restrição. 8½ é considerado a maior obra-prima de Fellini (nessa altura do campeonato, como todos já sabem da minha "imparcialidade" em relação ao filme), mas confesso que depois que assisti ao filme "A Doce Vida", me encontro num intenso conflito de avaliação. Oh, problema gostoso de pensar, não é verdade? O título do filme é uma referência à carreira do próprio diretor, que até então já havia dirigido seis longa-metragens, dois episódios de filme e havia co-dirigido um longa-metragem. Na trama, acompanharemos Guido (Marcelo Mastroianni), um cineasta em crise de inspiração que não consegue encontrar uma idéia para o roteiro do seu próximo filme. Atormentado, começa a ser assombrado por sonhos e recordações de passagens marcantes de sua vida. A atuação de Mastroianni é espetacular, sensacional, maravilhosa. Bravo! A fotografia e a iluminação das cenas são impecáveis, trilha sonora idem, roteiro, direção, figurino e etc. É interessante que o diretor conseguiu a proeza de realizar um maravilhoso filme e ao assisitr a película, perceberemos que existe um filme dentro do próprio filme. Uau!!! Outro detalhe importante é a presença da religião nas películas assinadas por Fellini. É incrível como o cineasta tinha a consciência do mosaico contraditório que todos seres humanos são formados, reformados, construídos e desconstruídos. Bons sonhos Fellini! Créme De La Créme

8½ + 1½ = 1000000000000!!!!

Abs,

(Originalmente publicado em 03/04/2012).

Destaque
Tags
Nenhum tag.

Parabéns! Sua mensagem foi recebida.

bottom of page