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Mini Série:The Kennedys ( 08 episódios)


Boa Tarde! Dia chuvoso na tarde de São Paulo, a famosa chuva de verão da capital paulistana. Nesse instante que escrevo os deuses deram uma folga na chuva ou teriam dado uma bela apertada na torneira? Não sei ao certo, mas está um belo clima para conversarmos à respeito da ótima mini-série americana "The Kennedys", produzida pelo canal History Channel da A&E NettworkO canal History Channel é reconhecido por produzir ótimos documentários e ao perceber que o conteúdo da série era dramático, preferiu cancelar a apresentação da mini-série nos Estados Unidos. No Brasil, a série foi exibida pela History Channel no segundo semestre de 2011 – sim, a mesma que abandonou o barco. No país, o contrato e a seleção de programas é feito segundo critérios próprios. De acordo com sites na internet (Veja:"Fonte de Pesquisa" no final do post), existiu grande pressão da família Kennedy que não desejava permitir a realização da mini-série. Parece que foi um processo um pouco demorado, com várias reuniões entre os interessados em explorar a marca Kennedy. Acabou sobrando para o pequeno canal a cabo ReelzChannel, que exibe em sua programação "The Nuty Deputy Mayor", série estrelada por Michael J.Fox (Sim, ele mesmo, o menino lobo que jogava basquete.) e reprises de antigos seriados como "Cheers" e "Ally Mcbeal". Para a surpresa dos produtores do canal o seriado obteve um ótimo desempenho em audiência. Aproximadamente, registrou uma média de dois milhôes de telespectadores por episódio. No caso da ReelzChannel, é uma ótima audiência, tanto que em 2013 a emissora planeja produzir séries com esse tipo de conteúdo. Acredito que a história da família Kennedy seja tema de curiosidade de muitos leitores e telespectadores interessados em saber mais sobre o momento histórico-político da década de sessenta. Além do mais, existe o conceito da família norte-americana. No começo da década de sessenta observamos o surgimento do status e conceito da celebridade política como provedora de comportamento e conteúdo em massa a ser seguido. Esses são apenas alguns pontos de interesse e curiosidade que a série aborda em seus capítulos. É exibido a influência da máfia em Chicago; Alguns casos extra-conjugais do presidente John Fitzgerald Kennedy e do patriarca político da família Joseph Patrick Kennedy; A luta de John Kennedy contra a segregação racial nas escolas públicas; Cuba e a invasão da Baía dos Porcos; Crise dos mísseis em Cuba (Após esta crise, o que foi o mais próximo na história de uma guerra nuclear, Kennedy começou a ser mais cuidadoso em seus confrontos com a União Soviética.); A divisão da Alemanha em zonas militares controladas pelos Aliados ocidentais e pelos soviétivos; A construção do Muro de Berlim; A alucinante vida social e familiar; A nomeação de Robert Francis Kennedy, apelidado de Bobby e também RFK, como procurador de justiça dos Estados Unidos da América de 1961 até 1964 tendo sido um dos primeiros a combater a Máfia, e Senador por Nova Iorque de 1965 até seu assassinato em Junho de 1968; Jacqueline Lee Bouvier Kennedy e a sua importância na construção da imagem da família Kennedy e o relacionamento familiar e conjugal em sua intimidade. Todos esses momentos estão presentes no seriado. A abertura do seriado é bem simples, com a presença imponente da bandeira dos Estados Unidos alternando-se com imagens do seriado. Dessa maneira, é formado uma espécie de mosaico da vida da família Kennedy. Talvez, nos dois primeiros episódios, essa exibição soa um pouco artificial, mas no decorrer da série a abertura adquire destaque e força emocional. A cada episódio temos uma espécie de prólogo, com a visualização de algumas cenas em forma de reminiscências. Ainda como introdução temos frases de destaque com um forte valor moral. Tudo isso acompanhado por uma bela música incidental. Alguns exemplos:Episódio 05:"He only half dies who leaves a image<br /> of himself in his sons" - Carlos Goldoni <br /> Episódio 06: "Love is a kind of warfare" - Ovidio <br /> Episódio 07: "We spend our years as a tale that is told - Psalms"<br /> <br /> Link de abertura do seriado <br /> http://www.youtube.com/watch?v=sBgp7q-Dv0g<br /> <br /> Não consegui entender o porquê da polêmica em torno do seriado. Quase todos os fatos apresentados são de domínio público. Acredito que a fumaça toda seja um forte motivo para promover essa ótima série dramática. O elenco foi muito bem escolhido e temos ótimas atuações a se destacar em vários episódios. Abaixo a resenha do primeiro episódio (Veja:"Fonte de Pesquisa" no final do post) da série e resume bem o espírito e a atuação desses personagens históricos. Desse momento em diante, a série entra em contínua evolução, ótimo ritmo na narração e desenvolvimento dos fatos. Ultra recomendado! <br /> <blockquote>A primeira grande quebra de mito que a minissérie promove é de traçar a personalidade “difícil” do patriarca da família, Joseph P. Kennedy. Sendo magistralmente interpretado por Tom Wilkinson, “Joe” é exibido como um homem rico, ambicioso, dotado de ranços racistas e manipulador hábil. Na verdade, a idéia que a produção vende logo em seu episódio inicial é que foi justamente a sua frustrada tentativa de se tornar presidente, sucedendo assim a Franklin Roosevelt, que o levou a transmitir de forma inconseqüentemente seu sonho aos seus filhos, em especial a Joseph, John e Robert.<br /> <br /> Por sua vez, os filhos de Joseph também passaram por um processo de desmistificação mais sutil que o pai. No entanto, tal atitude é compreensiva se tivermos em vista qual foi o objetivo desse primeiro episódio. Mesmo começando sua narrativa em plena eleição de 1960 para presidente, JFK não passa de um figurante na história inicial. Outro que também não tem grande importância nesse começo é Robert Kennedy (Barry Pepper), que atua como coordenador da campanha do irmão. Quem rouba todas as cenas é mesmo o pai dos dois e as escolhas que ele tomou ao longo da vida que terminaram por culminar naquele momento em especial. Sobre John F. Kennedy, ou o “Kennedy que realmente importa”, fica claro que o futuro presidente era uma pessoa dividida entre as responsabilidades perante sua família e seus desejos obscuros, entre eles sua obsessão por sexo, algo que só foi dado a entender levemente nessa 1ª parte. A impressão que propositalmente (ao menos foi o que deu a entender) é que ele era alguém facilmente manipulável, frívolo e despretensioso. Foram críticas indiretas realmente pesadas ao mito que JFK tornou-se para os americanos. Um recurso muito bem usado pela produção foi os flashbacks, que começaram no final da década de 30, onde Joseph P. Kennedy tinha o cargo de embaixador americano na Inglaterra e tentava evitar a todo custo que os EUA fossem a guerra contra Hitler; passando pela 2ª Guerra Mundial (1939-1945), período no qual o primogênito do clã, Joseph Jr, morreu em batalha; até o final dela, onde John F. Kennedy (Greg Kinnear) “herda” do irmão o dever de se tornar presidente. E assim, meus compatriotas americanos, não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte-se o que você pode fazer por seu país. Meus concidadãos do mundo, não perguntem o que a América pode fazer por você, mas o que juntos podemos fazer pela liberdade do homem." - Memorial perto do túmulo de John F. Kennedy, no cemitério de Arlington "Créme De La Créme Tom Wilkinson no papel de Joseph Kennedy. Inabalável e frágil ao mesmo tempo. Palmas de ouro pra ele!!!

Fonte de Pesquisa http://gq.globo.com/cultura/the-kennedys-a-serie-que-quase-ninguem-quis/<br /> http://www.seriemaniacos.com.br/blog/primeiras-impressoes-the-kennedys/<br /> http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/tag/the-kennedys/<br /> http://pt.wikipedia.org/wiki/John_F._Kennedy<br /> http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_P._Kennedy,_Sr.<br /> http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_F._Kennedy

(Originalmente publicado em 06/01/2012).

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