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1 Livro Por Semana É Pouco? Resenha / Crítica: Equador / Editora: Companhia Das Letras / 2003 / Auto


Boa Tarde! Depois de alguns dias de ausência no blog estou de volta para escrever sobre o livro "Equador". Há alguns anos Eu tinha vontade de ler esse livro escrito pelo polêmico escritor português Miguel Sousa Tavares. O primeiro livro que li de MST foi o maravilhoso livro "Rio Das Flores (2007)". É verdade, nesse caso, tomei o caminho inverso da "estrada do sucesso". Lembro-me que na época o "Equador" encontrava-se esgotado na editora, tamanho foi o sucesso de vendas do livro. Atualmente, o livro é considerado um dos maiores best-sellers da literatura portuguesa contemporânea. Ah, depois de algum tempo o livro foi reeditado aqui no Brasil e a edição que li é do ano de 2011. Após uma imensa expectativa, vamos a uma breve resenha do livro. De início, a história se passa em Lisboa - Portugal e estamos situados em meados do século XX. O protagonista da história é o advogado Luis Bernardo Vilaça um "bom-vivant" que ama a vida boêmia e os amigos. É claro, Luis é apaixonado pelas mulheres e os prazeres da carne. Dentre os vários amigos que possui em Portugal, João se destaca como sendo o seu melhor amigo. No início da trama, os parceiros de noitada e confidência estreitarão ainda mais a bela amizade. É uma pena, logo perceberemos que a narrativa de MST nos mostrará um mundo de promessas, sonhos e de várias possibilidades. É difícil, entretanto, o fato não é de maneira nenhuma responsabilidade do autor. Assim é a vida, nem sempre temos em mãos as histórias que sonhamos. Luis Bernardo é surpreendido com um "irrecusável" convite do rei D. Carlos a governar as províncias de São Tomé e Príncipe. Luis se vê numa situação muito difícil, pois ele não desejava abandonar a sua vida em Portugal. Contudo, D. Carlos o coloca numa situação difícil, atribuindo o êxito da missão a presença de Vilaça como governador. Luis é reconhecido por ter idéias ousadas contra a exploração da mão-de-obra escrava. Naquela época, a escravidão já tinha sido abolida (1875), mas na prática observaremos uma atuação ambígua. D.Carlos deseja enviar Luis as províncias para que ele possa observar a atuação dos "roçeiros" e as reais condições em que vivem os angolanos que para lá foram enviados. Para complicar um pouco mais a situação, Luis terá que convencer o consul inglês que Portugal não é uma país que apoia a escravidão e que as condições de trabalho são condinzentes com um país civilizado. São Tomé e Príncipe vivem, basicamente, da exportação de cacau. A maioria dos importadores são de origem inglesa, ou seja, se a missão de Luis não for bem sucedida, Portugal terá uma enorme problema econômico e, também, com a opinião pública. Essa é basicamente a trama central. É claro, propositalmente, omiti algumas tramas importantes da obra. O livro é muito bem escrito, de maneira muito clara e organizada. No geral, a história não apresenta muitas surpresas ao leitor. Contudo, quando temos a presença do elemento surpresa no desenvolvimento da trama, os fatos são conduzidos com beleza e maestria. Particularmente, fiquei intrigado com o livro. O livro têm, aproximadamente, 550 páginas. Eu estava na página 400 e não sabia se tinha gostado do livro. É um romance histórico, MST pesquisou muito material para criar esse romance em conjunto com a bagagem histórica que contém o livro. Não é o tipo de livro que Eu indicaria para qualquer pessoa. Porém, é um livro muito bem escrito, com ótimos momentos e com um final bem surpreendente. Muito Bom! Recomendo.

Abs,

(Originalmente publicado em 02/09/2012).

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